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Com cargo em jogo na SEAP-BA, Geddel tenta salvar a própria indicação e ataca ACM Neto sobre segurança pública na Bahia

Aliado do governo Jerônimo e líder do MDB na Bahia, ex-ministro rebate críticas sobre segurança e ignora crise no sistema prisional comandado por seu apadrinhado político

Por: Redação
22/07/2025 às 08h37 Atualizada em 22/07/2025 às 18h56
Com cargo em jogo na SEAP-BA, Geddel tenta salvar a própria indicação e ataca ACM Neto sobre segurança pública na Bahia
Reprodução/Divulgação

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) reapareceu nas redes sociais neste domingo (20) para rebater declarações do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), sobre a situação da segurança pública e do sistema prisional na Bahia. Em tom crítico, Geddel acusou o adversário de agir de forma “leviana” e “oportunista” ao responsabilizar os governos petistas pelos problemas no setor — mesmo enquanto seu próprio partido ocupa cargos estratégicos na atual gestão.

Presidente do MDB na Bahia, Geddel é o padrinho político de José Carlos Souto de Castro Filho, atual secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap-BA), indicado pela sigla e mantido no cargo pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). A pasta vem enfrentando desgaste público após episódios como uma fuga em massa de 16 presos e denúncias de irregularidades em unidades prisionais do estado.

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Apesar disso, Geddel preferiu mirar suas críticas exclusivamente em ACM Neto, trazendo à tona a herança política do carlismo.

“O grupo dele governou a Bahia por mais de 40 anos. Fugas em massa, superlotação de presídios, acusações de suborno. Eu peguei manchetes da época: ‘Fuga de presos paga com cheque sem fundo’. Isso é gestão de segurança?”, ironizou o ex-ministro, citando mandatos do avô de Neto, o ex-senador Antônio Carlos Magalhães.

O vídeo de Geddel também foi usado como palanque para lembrar seu papel na eleição de Jaques Wagner (PT) em 2006, quando rompeu com o carlismo e ajudou a abrir caminho para o domínio petista na Bahia. Desde então, o MDB sob sua liderança tem se aliado aos governos petistas, mantendo espaço político em diversas áreas — inclusive na segurança pública.

Geddel ainda criticou o que chamou de “milícia digital” de ACM Neto, alegando que seus posicionamentos são frequentemente respondidos com ataques pessoais.

“Quem me conhece sabe que não me intimido. Não se responde a críticas com ofensas”, declarou.

Ao final do vídeo, prometeu continuar discutindo o tema com “seriedade e responsabilidade”, mas sem mencionar as falhas da gestão atual — da qual seu grupo político faz parte ativa. O tom da declaração foi interpretado por analistas como uma tentativa de blindar sua própria influência dentro do governo e manter a indicação da Seap longe de novas pressões.

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