A Secretaria da Educação do Estado (SEC) realizou, na quarta-feira (20), em sua sede, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), um encontro com representantes indígenas Pataxós da região do Prado, vinculados ao Núcleo Territorial de Educação do Extremo Sul (NTE 7). A reunião contou com a participação da Diretoria de Educação dos Povos e Comunidades Tradicionais da Coordenação de Educação Escolar Indígena e da Coordenação de Infraestrutura, ambas da SEC, que debateram pautas relacionadas à formação de professores, infraestrutura escolar e alimentação de estudantes das unidades de Educação Indígena da região.
Estiveram presentes 27 representantes indígenas, entre caciques, lideranças, professores indígenas e membros da coordenação indígena do NTE 7. Durante a reunião, foram detalhados os projetos de novas escolas em construção e em fase de autorização, além da definição de prioridades para a convocação de professores do cadastro-reserva e organização pedagógica das unidades, fortalecendo a gestão compartilhada com as comunidades.
Para o coordenador da Educação Escolar Indígena, José Carlos Tupinambá, o diálogo constante com os povos indígenas vem assegurando a contextualização da educação e identidade etnocultural de cada povo. “É uma tarefa que os professores indígenas e lideranças realizam no cotidiano, com práticas pedagógicas diferenciadas, ressignificando, assim, os modelos de escolas postos nas aldeias pela colonização”, explica. As ações colocadas em prática pela SEC, ainda segundo o gestor, asseguram o protagonismo indígena e garantem o direito ao ensino diferenciado, bilíngue e de qualidade.
Representatividade
O extremo-sul da Bahia concentra o maior número de estudantes indígenas do Estado e a região do Prado representa o maior Território Pataxó. Mais de seis mil alunos indígenas estão matriculados na rede estadual, distribuídos desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA), o que reforça a necessidade de ações específicas e integradas.
Com investimentos que ultrapassam R$ 70 milhões, o Governo do Estado, por meio da SEC, vem ampliando e modernizando escolas indígenas, além de valorizar o magistério e incentivar o protagonismo estudantil. Atualmente, a rede estadual conta com 71 unidades indígenas em 27 municípios, assegurando uma educação bilíngue, diferenciada e intercultural em consonância com a Lei Federal nº 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena em todas as escolas do país.
Fonte
Ascom/SEC