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PCES e PMES prendem seis suspeitos relacionados à morte de criança na Serra

Durante a ação criminosa, o pai e a mãe da criança, que está grávida de oito meses, também foram atingidos de raspão e por estilhaços.

Por: Redação
08/09/2025 às 12h26 Atualizada em 08/09/2025 às 12h32
PCES e PMES prendem seis suspeitos relacionados à morte de criança na Serra
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, em ação integrada com a Força Tática do 6º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), prendeu seis pessoas em desdobramento das investigações sobre a morte da menina Alice Rodrigues, de seis anos, ocorrida no último domingo (24), no bairro Balneário de Carapebus, na Serra. Durante a ação criminosa, o pai e a mãe da criança, que está grávida de oito meses, também foram atingidos de raspão e por estilhaços.

Até o momento, as investigações identificaram 12 envolvidos no crime, sendo que seis deles ainda estão foragidos. Os detalhes da operação foram divulgados na manhã desta quinta-feira (28), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

O comandante do 6º Batalhão da PMES comentou sobre a atuação da força tática. “Foi uma ação rápida da força tática que ajudou a puxar uma linha que desenrolou todos os envolvidos. Logo após o crime, conseguimos prender um dos suspeitos, que resistiu à prisão, e, a partir daí, outros envolvidos também foram detidos. A ação conjunta da DHPP permitiu prender em flagrante todos os envolvidos nesse crime bárbaro que vitimou a criança”, disse.

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Sobre o deslocamento da equipe até o local, o coronel explicou: “Houve um deslocamento rápido ao local logo após o chamado. Um dos suspeitos tentou impedir a fuga, mas foi detido e levado à delegacia”, contou.

Investigações apontam que o ataque foi planejado por três mandantes: Sérgio Raimundo, conhecido como Serginho Cauê; Carlos Alberto, conhecido como Bequinha; e Rian Alves Cardoso, o R7, ligados a facções criminosas que disputam áreas de tráfico na região. Os intermediários Marlon e Mike, com auxílio de Marina, foram responsáveis por organizar a execução, fornecendo armas, munições e contratando executores.


O chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, detalhou a investigação sobre os suspeitos e a dinâmica do crime: “Imediatamente após o crime, recebemos informações de que a força tática havia realizado a prisão de dois dos suspeitos. Nos deslocamos para dar continuidade ao flagrante. Um dos executores confessou sua participação e delatou os demais envolvidos.”.

Ele também detalhou a prisão dos intermediários e executores. “Com base no depoimento do Pedro, fomos até o bairro Novo Horizonte, onde realizamos a prisão do Arthur, que também confessou participação e afirmou ter sido contratado para atuar como olheiro, vigiando o deslocamento das viaturas. Posteriormente, seguimos até as residências de outros envolvidos, apreendendo armas, munições e cadernetas com anotações de tráfico de drogas”, informou.

Sandi Mori também explicou a confusão que os suspeitos tiveram com o veículo das vítimas. “Os quatro executores foram até o bairro Balneário de Carapebus com um alvo específico, mas não o encontraram. Ao saírem do bairro, colidiram com o veículo das vítimas, confundindo-o com o alvo, e dispararam contra o carro, cessando apenas quando o pai implorou para parar por causa da criança e da mulher grávida. Em seguida, os suspeitos fugiram com armas de fogo nas mãos”, afirmou.

Sobre os mandantes e a organização do crime, o delegado relatou que até o o momento foram identificados 12 indivíduos envolvidos no crime, sendo seis foragidos. “Os mandantes comandam áreas de tráfico em diferentes bairros e estão com mandado de prisão em aberto. Os intermediários receberam ordens dos mandantes para organizar a execução, fornecendo armas, contratando executores e planejando o crime. Uma mulher auxiliava na guarda das armas e munições e também repassava recados de dentro do sistema prisional. Outro suspeito atuou como olheiro, outro como responsável por dar fuga aos executores, e três indivíduos foram os executores do ataque”, disse o delegado.

Segundo o delegado, os suspeitos tinham um alvo do ataque. “O alvo identificado pelos executores era um gerente de facção no bairro Balneário de Carapebus. Eles confundiram o veículo das vítimas com o do alvo, colocando em risco outras pessoas inocentes. Uma granada chegou a ser lançada na fuga, demonstrando o poder de fogo do grupo e a intenção de retomar territórios controlados por facções rivais.”

Foram apreendidas 100 munições de calibre 9mm e 20 munições de calibre 5,5mm na residência dos suspeitos, comprovando a participação de todos.

Os seis presos em flagrante foram indiciados por homicídio qualificado, por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima, emprego de meio que dificultou a defesa, perigo comum e pelo fato de vítima ser menor de 14 anos. Além disso, responderão por dupla tentativa de homicídio qualificada, pelas mesmas qualificadoras, pelo ataque ao pai e à mãe da criança.

A investigação continua para localizar os foragidos e responsabilizar todos os envolvidos.

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