O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta quinta-feira (25) que donos de paredões e motociclistas que praticam o grau devem ter espaços próprios para suas atividades, de forma a não prejudicar a convivência social ou gerar impactos excessivos no sistema de saúde. A declaração foi publicada pelo Informe Baiano.
Durante a entrevista, o governador destacou a importância de os municípios criarem locais específicos para os paredões. Segundo ele, essas práticas devem ocorrer apenas em ambientes planejados, longe de pessoas vulneráveis, como idosos ou pessoas com autismo.
“Quem quiser fazer a prática de paredões, o município tem que regulamentar e tirar um espaço específico. Não pode ser feito onde tem pessoas idosas, pessoas com autismo ou adoecidas. Que se crie um ambiente onde só vai quem gosta, como acontece com o futebol em um estádio”, disse Jerônimo.
Sobre o grau com motocicletas, o governador alertou que a prática descontrolada está diretamente ligada ao aumento de acidentes, sobrecarregando hospitais e elevando custos para o Estado.
“Acidente é diário de moto. As pessoas bebem, andam sem capacete. Por mais que façamos mutirões, ainda temos a irresponsabilidade de quem pilota sem proteção”, afirmou.
Jerônimo Rodrigues lembrou que a Bahia já conta com um hospital especializado em ortopedia, administrado pelo Hospital Albert Einstein, com o objetivo de zerar a fila de cirurgias. No entanto, grande parte da demanda é provocada por acidentes envolvendo motociclistas.
“Uma pessoa com três ou quatro fraturas precisa de várias cirurgias e fica meses fora do convívio social e do trabalho. Isso é caro para o Estado e para a família que precisa assumir os cuidados”, destacou.
Para o governador, a solução é tratar o grau como modalidade esportiva regulamentada, com fiscalização e segurança adequadas.
“Assim como no futebol existe o estádio, quem gosta vai para lá. No grau também é preciso ter espaços próprios, equipamentos de proteção e regras claras. Exagerou, meu irmão, penalidade e acabou. Dentro do padrão, se encontra o lugar devido”, concluiu.