O Hospital Municipal de Novo Hamburgo, na região do Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul (RS), precisou fechar temporariamente sua Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) após detectar a presença da Acinetobacter baumannii, apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a bactéria mais perigosa do mundo.
A Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), responsável pela gestão do hospital, identificou o microrganismo durante o monitoramento diário da unidade. Entre os dias 11 e 15 de julho, dois pacientes já colonizados foram internados na UTI, com todas as precauções necessárias. Contudo, a partir de 16 de julho, ocorreram dois casos confirmados de transmissão cruzada dentro da própria unidade, aumentando o alerta.
Em resposta ao surto, a FSNH adotou medidas drásticas: intensificou o bloqueio epidemiológico, limitou o acesso ao setor e, na última segunda-feira (4), fechou a UTI para limpeza terminal — uma higienização profunda de teto a piso, paredes e equipamentos.
Sete pacientes foram transferidos para a Sala Amarela, uma unidade adaptada para isolamento e cuidados intensivos, enquanto as cirurgias cardíacas eletivas foram suspensas e os atendimentos intensivos passaram a ocorrer na Sala Laranja da emergência.
Os infectados estão sendo tratados com antibióticos potentes, selecionados conforme testes de sensibilidade da bactéria, alguns deles de uso restrito e acompanhados por especialistas em infectologia. Exames adicionais também foram feitos para detectar a colonização em pacientes expostos.
A FSNH tranquiliza a população, ressaltando que a Acinetobacter baumannii não é transmitida pelo ar e que todas as ações seguem protocolos rigorosos de segurança. A reabertura da UTI será avaliada junto à Vigilância Municipal na próxima semana.