O deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, foi preso nesta sexta-feira (3) ao se entregar ao Ministério Público da Bahia (MPBA) em Feira de Santana. Ele estava foragido desde a deflagração da Operação Estado Anômico, no último dia 1º.
Uma equipe de 20 agentes policiais e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriu o mandado de prisão preventiva e escoltou o parlamentar até Salvador, onde permanecerá custodiado. Segundo o MP, ele se apresentou espontaneamente para o cumprimento da decisão judicial.
Binho Galinha é apontado como líder de uma organização criminosa com práticas milicianas, atuando principalmente na região de Feira de Santana. Investigações das operações El Patrón e Estado Anômico indicam que o grupo é responsável por delitos como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.
O parlamentar já responde a duas ações penais, denunciado pelo MPBA em dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, em decorrência da Operação El Patrón, por crimes como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Nas eleições de 2022, Binho Galinha obteve 99 votos em Brumado, reforçando sua presença eleitoral na região.
A Operação Estado Anômico teve como objetivo aprofundar as investigações da El Patrón, revelando a estrutura complexa da organização criminosa, que inclui divisão de tarefas entre os membros e participação de policiais militares.
No total, dez pessoas foram presas na operação, incluindo João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, filho do deputado, e Mayana Cerqueira da Silva, sua esposa, ambos já denunciados pelo MPBA. Como desdobramento da El Patrón, até o momento, 15 pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público por envolvimento com o grupo criminoso liderado pelo deputado.