
A cidade de Riacho de Santana, no sudoeste da Bahia, enfrenta um cenário de caos administrativo após completar quatro dias sem prefeito. O impasse começou no dia 16 de outubro, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do prefeito João Vítor Martins Laranjeira, conhecido como Dr. João Vítor (PSD), por suspeita de envolvimento em fraudes em licitações públicas.
Pelo regimento, o comando do Executivo deveria ser assumido pelo vice-prefeito Tito Eugênio Cardoso de Castro (Pode), mas ele ainda não tomou posse, deixando o município sem liderança oficial. A situação tem gerado graves reflexos na administração pública, especialmente na saúde, apontada por moradores como o setor mais afetado.
De acordo com o site Folha do Vale, a reportagem tentou contato com o prefeito afastado, o vice e a presidente da Câmara, vereadora Jusceli Duarte (PSD), mas nenhum deles respondeu. O silêncio também predomina entre os aliados de João Vítor, que aguardam novos desdobramentos da decisão judicial.
Um dos apoiadores do prefeito, sob anonimato, afirmou que ainda não houve notificação oficial sobre o afastamento.
“Eu particularmente não acredito nisso. A Justiça não deixaria uma cidade bagunçada sem prefeito”, disse.
Dos 13 vereadores de Riacho de Santana, apenas Dina Rocha (MDB) faz oposição ao atual governo, mas ela não foi localizada para comentar o caso.
Enquanto isso, a população segue sem respostas e com os serviços públicos comprometidos, em meio a um cenário de instabilidade política e administrativa que se agrava a cada dia.